A notícia mais grave da
década: “a internet parou!”. Parece algo sem valor para alguém um pouco mais
conservador ou que talvez não tenha acesso à internet, mas os prejuízos de um
acontecimento como este poderiam ser quase imensuráveis, considerando que cerca
de 3,2 bilhões de pessoas do mundo todo, deum total de 7 bilhões, se encontram conectadas. Seria um grande prejuízo se a
internet falhasse, não um prejuízo tão doloso quanto o da 2ª Guerra Mundial, em
que quase 72 milhões de pessoas foram mortas,
entretanto seriam 3,2 bilhões prejudicadas de alguma forma, e a “forma” vai
depender de como o usuário utiliza a internet.
Seja na hora de
trabalhar, pagar uma conta, conferir uma rota de viagem – porque hoje em dia
ninguém sabe encontrar endereços -, a internet certamente tem seu papel
importante na vida do trabalhador e do viajante, mas também poderia ser na
conversa entre amigos (sobretudo os virtuais) ou familiares, pois de que
adianta fazer um churrasco em casa e não comentar online ou postar a foto no Facebook? Falando nele, quantos
trabalhadores da google, do twitter, instagram, entre outras, seriam prejudicados caso a internet
falhasse por algumas horas e quanto estas empresas perderiam em termos de
lucratividade? Sem considerar as demais empresas que utilizam das redes sociais
para também lucrar – o que dizer de uma agência de marketing online, por
exemplo?
Tá. Desconsidere os prejuízos financeiros: que tal contatar o filho
que estuda fora do país? Demoraria um pouco mais se tivesse que recorrer à
carta manual; por telefone as emoções ficam um pouco menos evidentes do que via
webcam. Seria mais difícil casar, já que é comum encontrar casais que se conheceram
no chat online. Seria um verdadeiro retrocesso sentimental, temporal e
conjugal. Não se pode pensar as burocracias da vida sem a internet. Porque ela
facilita, mas também torna refém.
Ela moldou a sociedade
e a tornou sua dependente. Se por um lado as pessoas estão mais conectadas, mais
velozes, mais informadas (mais, mais, mais), por outro as pessoas também já não
conhecem uma vida fora do contexto online. É por isso que a pior notícia da
década está calcada na possível interrupção do sistema que mais detém pessoas
no mundo. Hora de repensar? Talvez. Mas a web não é um monstro, o ser humano
que é vulnerável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário